Mais um mês, e esse meu blog faria aniversário de abandono. São onze meses sem postar. É tempo mais que suficiente para fazer e parir um filho. Então para não deixar algo assim acontecer, decidi postar urgentemente. E para isso vale uma coisa aleatória qualquer.
Em 2002, era exibido pela TV Cultura um seriado chamado Ilha Rá-Tim-Bum. Era um programa infantil demais para meu gosto, mas me chamava atenção a música Micróbio, da qual tomei emprestado o título desse texto. Me identificava bastante com a música, principalmente a primeira e a terceira frase.
Como todo bom nerd, eu era sempre o último a ser escolhido para um jogo qualquer. Não importava se Futebol, Vôlei, Handebol, etc. Isso é muito comum, mas certa vez para o time de futebol masculino, sobrando só eu para ser escolhido, chamaram uma garota.
Eu não jogava bem, é claro. No Vôlei, eu tinha uma percepção exata de quando a bola sairia para fora da quadra no sentido transversal (lateral). Nunca errei. Por outro lado, não tinha a mínima noção de onde a bola estaria no sentido longitudinal. Nunca acertei. A bola sempre vinha muito na ponta da mão, ou muito para cima no braço ou no peito, enviando a bola para destinos indesejados e incertos. Isso quando não errava completamente, e a bola caia bem na minha frente. Ou ainda pior, tropeçava no colega e caíamos todos, a bola, o colega e eu no chão.
Não, eu não gosto de bola, não torço para time de futebol, não assisto nem mesmo o campeonato mundial da Copa do Mundo FIFA.
Sempre gostei de estudar. Comecei a pré-escola aos 6 anos e insistia em já aprender as letras, e formar palavras. Fiquei furioso quando me disseram que “ensinariam” as primeiras “palavras”, aquela ansiedade e me vieram com: Ai, Au, Ei, Eu, Ui. Frustrante, muito óbvio.
Gostava de estudar mas nem sempre era o melhor aluno. Primeiro eu era muito distraído. E segundo, eu não me esforçava muito em coisas que não me interessavam. Geralmente eu era o aluno que ficava só um pouco acima da média.
Mas meu principal problema na escola era o convívio social. Não demorou muito para eu perceber que gostar da escola, era o motivo da gozação. As notas boas, ou o que os professores consideravam bom comportamento, era motivo de chacota. Então fui aos poucos me tornando um aluno pior, na tentativa de não ser motivo de zombaria. Nunca deu certo, é claro.
O melhor período foi quando fiz o curso Técnico em Informática. Era um assunto completamente do meu interesse. Já quase adulto, não me importava muito para opinião alheia. Melhor dizendo, era a fase de contrariar a opinião alheia. Não prossegui com estudos formais (Faculdade), mas ainda hoje quase todo meu tempo livre é, de certa forma, com estudos.
Nem toda criança gosta de bola
Nem todo menino brinca de carrinho
Nem toda criança odeia ir à escola
Com uma maquininha não se brinca sozinho
br_lemes, o Sátiro insano (Sonâmbulo)
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